PT
Ele é o verdadeiro bomber. Nos muros, vagões ou painéis das Auto-estradas, Bruto está por todo o lado.
Natural do Porto, o seu interesse pelo graffiti começou em 2006, mas foi em 2015 que surgiu o tag com o qual quer tomar de assalto a cidade.
A sua arma é a lata e os seus tropas os GMB.
Fiquem com a sua entrevista.
Como chegaste ao teu tag?
Antes de começar, quero agradecer o convite e dar um props também à tua cena. Que continues e que corra tudo bem.
Pah, cheguei ao meu tag quando queria uma cena que batesse mais pelo nome, um nome assim forte. Porque quando comecei a pintar no papel, já a long time ago, na altura de criar um tag ia muito pela cena de juntar as letras que mais curtia desenhar, mas os nomes nunca me soavam assim muito bem ao ler.
Então, quando comecei a levar a cena do graff mesmo a sério, decidi ir mais pelo nome e não tanto pelas letras em si e acho que foi logo o primeiro que surgiu ("BRUTO") e que eu achei que se o pessoal visse ia pensar ou dizer "Ya, tá bruto", "pesado".
Fui mais pelo conceito da palavra e agora, ya, quero fazer jus ao nome.
Tens formação em arte?
Nada de formações profissionais, a minha formação foi na rua e em muito papel em casa.
Quando começou o teu interesse pelo graffiti e quais foram as tuas influências na altura?
O interesse acho que já vem desde sempre. Lembro-me de ter uns 9 anos e já tentar fazer algumas cenas, de desenhar debaixo das camas (na altura, os estrados ainda eram em madeira só com meia dúzia de furos), de desenhar e mandar tags na minha entrada do prédio, nos prédios vizinhos e nas mesas da escola e lembro-me de quando ia no carro com os meus pais de ir sempre a olhar e ver tudo pintado, o que foi mesmo uma cena que me despertou logo interesse, de querer fazer e marcar também.
A primeira peça que mandei para a parede tinha 11, 12 anos e foi com pessoal da minha turma.
Quem me inspirou na tuga (neste caso, no Porto) foi o pessoal que estava ativo naquela altura (DEXA, FYND, KAYO), isto em 2006/07.
Lembro-me também que havia o Fotolog e um gajo, às vezes, também tentava comprar uma revista de hip hop. Juntávamos os trocos entre nós e, pumba, lá íamos. A revista trazia muito material de graff (era "HIP FLOW" o nome da revista, se não estou em erro). Isto para te dizer que já começávamos a ver cenas do estrangeiro. Lembro-me de ver cenas do Does e do Nash (os Love Letters) e aquilo, na altura, bateu-me tótil, curtia tótil o style dos gajos, com grandes letterings e a construção das peças do Does e as grandes "faces" e "cartoons" do Nash.
Como era a cena no graffiti quando começaste?
Em relação a esta pergunta, vou responder quando comecei com a cena do Bruto em 2015. Tava ativo o movimento. Falo mais, se calhar, da zona do Porto (que é onde vivo), apesar de seguir as cenas das outras cidades. Mas, ya, aqui estava ativo, o pessoal mais antigo que faz mesmo a cena na street continuava a pintar e lembro-me que, nessa altura, também aparecerem bons writers e que ainda hoje continuam ativos.
Mas acho que hoje há mais pessoal a pintar.
Quais são as tuas crews?
Só uma, GMB! A Crew mais pesada.
Quais são os teus spots / cidades preferidos?
Cidade é o Porto! Spots tenho vários. Também depende um bocado para onde andar mais virado na altura. Mas, ya, gosto muito mais de pintar no centro da cidade, mas também auto-estradas, linhas de comboio, casas abandonadas, qualquer spot que me pareça bem...
Como descreves o panorama atual do graffiti em Portugal?
Acho que tá fixe, pessoal a pintar cenas com qualidade, pessoal ativo. Acho que, se calhar, a cena está a ter um bocado mais de reconhecimento, não sei... É preciso incentivar quem está ai a aparecer. Mas, ya, temos pessoal pesado no que toca a graffiti. Atividade, atividade.
Que diferenças encontras entre o graffiti do Norte e o do resto do país?
Em relação ao Norte, o Porto é a cidade mais ativa e que tem os melhores writers, na minha opinião. Também tens pessoas de outras cidades ou lugares do Norte a fazer cenas muito boas, mas acho que no Porto, como tem mais writers e é uma cidade mais ativa, vês mais quantidade. Apesar de que aqui tem havido muito buff e em spots que, a meu ver, alguns deles não têm mal nenhum. Mas pronto, não sei como está no resto do País.
No resto do País acho que a diferença é mais a quantidade de cenas e spots pintados de umas cidades para as outras, umas têm mais atividade e outras menos.
Pah, em Lisboa vês muitas cenas pintadas e a cidade é muito ativa e tem qualidade, mas também é a cidade que mais leva com estranjas para pintar, vês muitas cenas de pessoal de fora. Mas, ya, acho que a diferença é mesmo a quantidade, porque qualidade há em todo o lado.
Preferes wall of fame, street bombing ou train bombing?
O que prefiro é street bombing, graffiti é rua, é ilegal.
Apesar de gostar de todos os pontos do graff, depende um bocado para onde estiver virado. Há alturas em que só me apetece pintar na rua ou taggar. Noutras alturas ando mais virado para fame, pelo facto de pintar chill, sem pressas ou de querer dar uma cena mais trabalhada ou mais clean, como ando virado para vagões, depende um bocado. Volta e meia também curto dar um train, apesar de ser uma cena que não me puxe muito, mas dou grande valor a quem o faz e gosto muito de ver.
No graff gosto de tudo, mas mais street bombing.
Pintas com sketch ou freestyle?
Freestyle. Muito raramente pinto de sketch, apesar de ter boas peças em papel. Mas não sei, quando chego à parede é diferente (as dimensões e isso ou mesmo o spot ou a parede em si).
Às vezes até tenho uma cena pensada, mas chego ao spot, olho e apetece-me fazer tudo menos o que tinha pensado.
O que toca na tua playlist quando pintas?
Pah, se for street só o som do spray a sair da lata, carros a passar... Se for fame, volta e meia, um som de fundo, Rap ou Drum and bass.
Mas acho que a maior parte das vezes é mesmo o som da lata quando pinto sozinho. Com pessoal já há as conversas de fundo.
Qual é a tua lata preferida?
94, apesar de não usar muito. Mas gosto da Montana e da Loop.
O que não pode faltar num bom dia de pinturas?
Super Bock, muita Super Bock.
Com quem gostarias de fazer uma peça conjunta?
Aqui em Portugal, há dois gajos que curtia pintar com eles, pela cena que eles têm no graff e a maneira como o vivem, tal e qual como ele é: o Fynd e o Sen. Por isso, a resposta é o Sen. Isto pela cena do graff, porque às vezes curtes mais quando pintas com pessoal com quem te identificas do que pintar com alguém só pela cena de ser quem é.
Qual é o teu top 3 de writers portugueses?
Esta pergunta aqui é uma beca naquela. Se for mesmo pela cena do graff, o meu top 3 é a minha Crew. Agora se for pela cena de style, ai o top 3 já é outro, apesar de também ter style na Crew.
Mas assim a nível de letterings foda, pesados, peças já bem pensadas, gosto muito do Kayo, Fedor, Dexa, Skedor...
E de writers estrangeiros?
Qual é aquela peça que te falta fazer (pela complexidade, tamanho, local, …)?
Acho que um KING SIZE, uma rolada daquelas de 300 metros (kkkk). Apesar de não gostar de pintar a rolo, é uma cena que já quero e ando para fazer há algum tempo.
Quais são os teus planos / projetos futuros?
Continuar a pintar e tentar estar ativo no graff. Atividade, atividade.
Tens alguma história que queiras partilhar?
Ai, histórias tenho algumas (kkkk). Aqui há uns anos, na noite de Natal (dia 25), estava com um colega e íamos começar a pintar uma cena mesmo à face da estrada.
Pah, tínhamos dado prái 3 traços só, todos concentrados só na parede, e nisto ouvimos uma porta abrir mesmo atrás de nós. Só me lembro do som da porta abrir e ele dizer "ei mano, é a carrinha". Quando dei por mim já estava a correr sem pensar para onde. O meu colega veio logo atrás de mim e dois bófias atrás de nós.
A carrinha fez logo marcha-atrás e meteu-se na nossa rua. Lembro-me de olhar para trás, ver o bófia a fazer uma palheta ao meu colega, que caiu logo, e o bófia ainda lhe deu mais. Nisto, passa a carrinha por mim e continuei a correr mas, por onde fugimos, não dava para fugir. Depois, faltou-me o pulmão e parei, os bófias saíram da carrinha e só protegi a cara. Foderam-nos bem, fomos para a esquadra no chão da carrinha todos partidos, cansados, ainda a levar com os bófias a foderem-nos a cabeça e, no fim, ainda viemos para casa da esquadra a pé, quase uma hora a andar, e acabou tudo com uma multa.
Outra, um bocado mais recente, estávamos a pintar na linha à noite, todos cegos já (kkkk). Já tínhamos quase acabado, aparece a GNR na rua atrás da estação, viram-nos e bazámos a correr pela linha, entrámos no carro e bazámos pela estada. Pah, passados prái 3 minutos, vimos a GNR a vir de sirenes ligadas, ultrapassaram-nos e pararam à nossa frente. Mandaram logo sair do carro, tirar tudo o que tínhamos, joelhos no chão enquanto revistavam um de cada vez. Pah, o gajo já estava cego, ainda tripámos um bocado, os bófias sempre a mandarem calar, todos cheios de testosterona (kkkk), sempre a querer tripar e pegar com alguma coisa. Mas, ya, bazámos e não deu em nada e ainda ficámos com cenas que eles nem encontraram (kkkk).
Mas também já tive uma em que os bófias foram bacanos. Estava a pintar num viaduto, vejo a bófia quase a chegar e pego nas latas. Eles param o carro e sai logo um. Eu já a começar a correr para trás, o bófia a dizer "oh pah, oh pah" e deu-me uma cena na cabeça de não fugir, tipo "não vás, espera". Não bazei, levei com o bófia, mas falei numa boa, fiz o choradinho, porque ele queria-me ficar com as latas (tinha tóteis nesse dia, tinha sido fim do mês). Lá consegui ficar com tudo e sem filmes. Eles arrancaram e fui logo lá acabar, faltava-me dar o highline só.
Entre outras...
Props?
Props a ti pela cena que tens e pelo convite, props ao pessoal que segue, curte e apoia quem faz isto e Props a todos os Writers que andam aí e fazem a cena estar viva e ativa.
Bota tinta!
Fotografias / Photos: Bruto
ENG
He is the real bomber. On walls, wagons or highway panels, Bruto is everywhere. Born in Porto, his interest in graffiti began in 2006, but it was in 2015 that the tag with which he wants to take the city by storm emerged. His weapon is the can and his troops are the GMB. Here is his interview.
How did you arrive at your tag?
Before starting, I want to thank you for the invitation and give your scene a greeting as well. May you continue and may everything go well.
Man, I got to my tag when I wanted a scene that hit more for the name, a name that strong. Because when I started painting on paper, already a long time ago, when it came to creating a tag, I was really into the scene of putting together the letters that I most enjoyed drawing, but the names never sounded that good to me when I read them.
So, when I started to take the graff scene seriously, I decided to go more for the name and not so much for the letters themselves and I think it was the first one that came up ("BRUTO") and that I thought if people saw it they would think or say "Ya, it's gross", "heavy".
I went more for the concept of the word and now, ya, I want to live up to the name.
Do you have art training?
No professional training, my training was on the street and on a lot of paper at home.
When did your interest in graffiti start and what were your influences at the time?
The interest, I think, has always come. I remember being about 9 years old and already trying to do some scenes, drawing under the beds (at the time, the bed frames were still made of wood with only half a dozen holes), drawing and sending tags at my entrance to the building, on the neighboring buildings and on school desks and I remember when I was in the car with my parents always going to look and see everything painted, which was really a scene that immediately aroused my interest, wanting to do it and mark it too.
The first piece I sent to the wall was 11, 12 years old and it was with people from my class.
Who inspired me in Portugal (in this case, in Porto) was the people who were active at that time (DEXA, FYND, KAYO), this in 2006/07.
I also remember that there was Fotolog and a guy, sometimes, also tried to buy a hip hop magazine. We'd scrape together the change between us and, boom, off we went. The magazine had a lot of graff material (it was "HIP FLOW" the name of the magazine, if I'm not mistaken). This to tell you that we were already starting to see scenes from abroad. I remember watching scenes from Does and Nash (the Love Letters) and that, at the time, really hit me, I really liked the style of the guys, with great letterings and the construction of Does pieces and Nash's big faces and cartoons...
What was the graffiti scene like when you started?
Regarding this question, I will answer when I started with the Bruto scene in 2015. The movement was active. I speak more, perhaps, of the Porto area (which is where I live), although I follow scenes from other cities. But, yeah, it was active here, the older guys who really do the street scene continued to paint and I remember that, at that time, good writers also appeared and that they are still active today.
But I think today there are more people painting.
What are your crews?
Just one, GMB! The heaviest Crew.
What are your favorite spots / cities?
City is Porto! Spots I have several. It also depends a bit on where to walk more in height. But, yeah, I like painting in the center of the city much more, but also highways, train lines, abandoned houses, any spot that looks good to me...
How would you describe the current scenario of graffiti in Portugal?
I think it's cool, people painting scenes with quality, active people. I think that, perhaps, the scene is getting a bit more recognition, I don't know... It's necessary to encourage those who are there to show up. But, ya, we got some people heavy on the graffiti stuff. Activity, activity.
What differences do you find between graffiti in the North and the rest of the country?
Regarding the North, Porto is the most active city and has the best writers, in my opinion. You also have people from other cities or places in the North doing very good scenes, but I think that in Porto, as it has more writers and is a more active city, you see more quantity. Despite the fact that here there has been a lot of buff and in spots that, in my opinion, some of them are not bad at all. But then, I don't know how it is in the rest of the country.
In the rest of the country, I think the difference is more the amount of scenes and spots painted from one city to another, some have more activity and others less.
Man, in Lisbon you see many painted scenes and the city is very active and has quality, but it is also the city that takes the most foreign people to paint, you see many scenes of people from outside. But, yeah, I think the difference really is the quantity, because quality is everywhere.
Do you prefer wall of fame, street bombing or train bombing?
What I prefer is street bombing, graffiti is street, it's illegal.
Although I like all the graff points, it depends a bit on where you are facing. There are times when I just feel like painting on the street or tagging. At other times I'm more focused on fame, because I paint chill, without rushing or wanting to give a more elaborate or cleaner scene, as I'm focused on wagons, it depends a bit. Every now and then I also like to train, despite being a scene that doesn't pull me very much, but I value those who do and I really enjoy watching.
At graff I like everything but more street bombing.
Do you paint with sketch or freestyle?
Freestyle. I very rarely paint from sketches, despite having good pieces on paper. But I don't know, when I get to the wall it's different (the dimensions and that or even the spot or the wall itself).
Sometimes I even have a scene in mind, but I get to the spot, I look and I feel like doing anything but what I had planned.
What plays on your playlist when you paint?
Man, if it's street just the sound of the spray coming out of the can, cars going by... If it's fame, every now and then, a background sound, Rap or Drum and bass.
But I think most of the time it's really the sound of the can when I paint alone. With staff there are already background conversations.
What's your favorite can?
94, although I don't use it much. But I like Montana and the Loop.
What can't be missing on a good painting day?
Super Bock, a lot of Super Bock.
Who would you like to do a joint piece with?
Here in Portugal, there are two guys that I would like to paint with them, because of the scene they have in the graff and the way they live it, just as it is: Fynd and Sen. So the answer is Sen. This is because of the graff scene, because sometimes you enjoy it more when you paint with people you identify with than painting with someone just for the scene of being who they are.
What is your top 3 of Portuguese writers?
This question here is a no-brainer. If it's really the graff scene, my top 3 is my Crew. Now if you go by the style scene, then the top 3 is already another, despite also having style in the Crew. But in terms of cool, heavy lettering, well-thought-out pieces, I really like Kayo, Fedor, Dexa, Skedor...
What about foreign writers?
What is that piece you still need to make (by complexity, size, location, …)?
I think a KING SIZE, a roll of those 300 meters (lol). Despite not liking roller painting, it's a scene I've wanted and been wanting to do for some time.
What are your future plans / projects?
Continue painting and try to be active in the graff. Activity, activity.
Do you have a story you want to share?
Oh, I have some stories (kkkk). A few years ago, on Christmas Eve (the 25th), I was with a colleague and we were going to start painting a scene right next to the road.
Man, we had only given 3 strokes, all focused on the wall, and then we heard a door open right behind us. I just remember the sound of the door opening and him saying "hey bro, it's the van". When I realized I was already running without thinking where. My colleague came right behind me and two cops behind us.
The van immediately reversed and drove into our street. I remember looking back, seeing the cop doing a pick to my colleague, who immediately fell, and the cop even gave him more. At this, the van passed me and I continued to run but, where we fled, it was not possible to escape. Afterwards, my lungs failed and I stopped, the cops got out of the van and I only protected my face. They fucked us well, we went to the police station on the floor of the van all broken, tired, still taking it with the cops fucking our head and, in the end, we still came home from the police station on foot, almost an hour's walk, and it all ended with a fine.
Another one, a little more recent, we were painting on the line at night, everyone was already blind (lol), we were almost finished, the GNR appeared in the street behind the station, they saw us and we left running along the line, we got in the car and we left. Man, after about 3 minutes, we saw the GNR coming with sirens on, they overtook us and stopped in front of us. They immediately ordered us to get out of the car, take everything we had, knees on the ground while they searched one at a time. Man, the guy was already blind, we still tripped a bit, the cops kept telling us to shut up, everyone was full of testosterone (kkkk), always wanting to trip and hit something. But, yeah, we left and nothing came of it and we still got scenes that they didn't even find (lol).
But I also had one where the cops were cool. I was painting on a viaduct, I see the police about to arrive and I grab the cans. They stop the car and one gets out. I was already starting to run backwards, the cop said "oh man, oh man" and gave me a scene in my head not to run away, like "don't go, wait". I didn't leave, I took it to the cops, but I said okay, I made a little cry, because he wanted me to keep the cans (there were many that day, it had been the end of the month). There I managed to keep everything and no movies. They left and I went straight there to finish, I just needed to highline. Among others...
Greetings / Thanks?
Greetings to you for the scene you have and the invitation, thanks to the people who follow, like and support those who do this and thanks to all the Writers who are out there and make the scene alive and active.
Put ink!
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