top of page
Foto do escritorDa Chic Thief

Entrevista #99 PAULO ZITS (Brasil)

PT

Com raízes no graffiti, o brasileiro Paulo Zits é hoje mais conhecido pelo seu conjunto de personagens, das quais se destaca o "Homem da caixa".



Na sua passagem recente por Portugal, foram vários os locais visitados pelo artista visual, com destaque para o Ginjal e a Quinta da Arealva.



Fiquem com a sua entrevista.


Antes de mais, fala-nos um pouco sobre ti.


PAULO ZITS, 38 anos, comecei a fazer graffiti em 1998.


Fui convidado a participar de diversos projetos e exposições, tais como: 30 anos da CPTM, Escola Beco Aprendiz, Projeto Telefónica e CRJ Embu das Artes.


Participei de algumas exposições coletivas como: Território Livro, Expo BCA crew e Exposição Nuvens que nos rodeiam.


E tive outras exposições solo.


Tens formação em arte?


Sim , licenciatura plena em artes visuais.



Quando começou o teu interesse pelo(a) graffiti / street art e quais foram as tuas

influências na altura?


Comecei a fazer graffiti em 1998.


Foi vendo os amigos pintar as ruas a assim, depois participei de um grupo de hip hop / rap chamado "Produto Loco", que eu era o DJ desse grupo. Assim, eu fui conhecendo mais sobre o Hip Hop e não parei mais de fazer graffitis até hoje.


Em quantos países já pintaste?


Brasil, Chile e Portugal.



Quais são os teus locais / cidades favoritos para pintar?


Onde tem pessoas transitando.


São Paulo é um dos melhores lugares, tem espaço suficiente para todos pintar e tem os melhores sítios abandonados que você possa imaginar.


Como surgiu a tua personagem (o “Homem da caixa”)?


Paulo Zits (homem da caixa) é um nome que se destaca não só no Brasil mas em vários

países onde suas obras já chegaram. Esse admirador dos Gêmeos e de Salvador Dalí cria seu próprio universo lúdico-fantástico.


O Hip-Hop e a tipografia deram início a uma trajetória onde hoje habitam personagens por ele criados para chamar a atenção do observador ao que passa despercebido. o homem da caixa nos traz uma dialética cromática, que inspira surpresa e resiste a simplificações.



Como é o teu processo criativo e onde vais buscar as inspirações para as tuas peças?


Eu busco no dia a dia, vendo o que acontece ao meu redor, penso em passar algo que a

pessoa que olhe fique impressionada, toque aquele graffiti e se sinta bem ao ver essa arte onde esteja.


Pintas com sketch ou freestyle?


Faço os dois, eu gosto sempre de criar algo que ainda não tem coisa nova. O sketch eu

sempre levo comigo, mas, na hora, eu sempre coloco algo que não tem no desenho.



Preferes pintar sozinho ou em grupo?


Prefiro com pessoas que me agrega no muro e no pessoal, pessoas que eu posso me

sentir bem, mas sempre eu estou com o meu personagem, ele está sempre ali, uma boa

companhia.


O que toca na tua playlist quando pintas?


A rádio, hip hop, house, cumbia, rap nacional, samba.



Qual é a tua lata preferida?


Estando aqui na Europa eu tive mais acesso a latas muito boas. Eu, ultimamente, estou

pintando muito com nbq, muito top.


Eu gosto de lata baixa pressão, por causa que faço traços bem finos.


Qual é aquela que consideras ser a tua melhor peça?


A cada dia eu faço uma boa peça.


No graffiti temos sempre que ser o melhor a cada dia.



Como descreves o panorama atual do graffiti e da street art em Portugal? Que

diferenças encontras em relação ao Brasil?


Eu gostei muito daqui de Portugal, as latas de spray são fácil de comprar, muita variedade, os sítios abandonados são os melhores, que no Brasil já não tem muitos.


Aqui em Portugal eu senti muita falta dos encontros de graffiti, com os 4 elementos do Hip Hop.


Já no Brasil sempre tem encontro de graffiti, é normal a galera se reunir pra trocar

ideias .


Eu me senti muito feliz aqui em Portugal, fiz muitos amigos, pintei muito personagem .


Qual é o teu top 3 de artistas / writers portugueses?


Moami - Black - Fled.



E de artistas / writers estrangeiros?


O brasileiro Paulo Ito.


Com que artista / writer gostarias de fazer uma peça conjunta?


Eu sei que com os grandes nomes do graffiti português é muito difícil pintar uma peça conjunta, por causa do tempo dos artistas.


É a dificuldade de encontrar, mas eu gostei de fazer peça com a Moami, ela deu uma super atenção quando eu cheguei aqui em Portugal.



Pintas noutros suportes? Já fizeste alguma exposição?


Sim, gostaria de apresentar uma aqui em Portugal, em qualquer lugar.


Quais são os teus planos / projetos futuros?


Fazer uma empena em Lisboa ou um encontro de graffiti mundial com vários artistas, um grande festival de graffiti.



Tens alguma história que queiras partilhar?


Eu pintei um navio de guerra portuguesa, quase fui pego. isso eu filmei e vou postar no meu canal no YouTube.


Cumprimentos / agradecimentos?


A você, por me dar esse espaço para publicar minha história, ao Ricardo Reis fotógrafo,

Marina Aguiar fotógrafa, Moami minha amiga, minha esposa que sempre está comigo e

meu filho Zaki que há-de vir esse ano.


Fotografias / Photos: Paulo Zits & Da Chic Thief


ENG

With roots in graffiti, Brazilian Paulo Zits is today best known for his set of characters, among which the "Box Man" stands out.


During his recent visit to Portugal, the visual artist visited several places, particularly Ginjal and Quinta da Arealva.


Here is his interview.


First of all, tell us a little about yourself.


PAULO ZITS, 38 years old, I started doing graffiti in 1998.


I was invited to participate in several projects and exhibitions, such as: 30 years of CPTM, Escola Beco Aprendiz, Projeto Telefónica and CRJ Embu das Artes.


I participated in some group exhibitions such as: Território Livro, Expo BCA crew and Exposição Nuvens que nos rodeiam.


And I had other solo exhibitions.


Do you have training in art?


Yes, full degree in visual arts.


When did your interest in graffiti / street art begin and what were your influences at the time?


I started doing graffiti in 1998.


It was watching my friends paint the streets like that, then I participated in a hip hop/rap group called "Produto Loco", and I was the DJ of that group. So, I got to know more about Hip Hop and I haven't stopped doing graffiti to this day.


In how many countries have you painted?


Brazil, Chile and Portugal.


What are your favorite places/cities to paint? Where there are people moving around. São Paulo is one of the best places, it has space enough for everyone to paint and it has the best abandoned places you can imagine.

How did your character (the “Man in the box”) come about? Paulo Zits (box man) is a name that stands out not only in Brazil but in several countries where his works have already arrived. This admirer of the Gêmeos and Salvador Dalí creates his own playful-fantastic universe. Hip-Hop and typography began a trajectory where today characters created by it live to draw the observer's attention to what goes unnoticed. the man in the box brings us a chromatic dialectic, which inspires surprise and resists simplifications. What is your creative process like and where do you get inspiration for your pieces? I search every day, seeing what happens around me, I think about passing on something that Whoever looks at it will be impressed, touch that graffiti and feel good seeing this art wherever they are. Do you paint with sketch or freestyle? I do both, I always like to create something that isn't new yet. The sketch I always take it with me, but at the time, I always add something that isn't in the drawing.


Do you prefer to paint alone or in a group? I prefer with people who add me to the wall and to people, people who I can connect with, feel good, but I'm always with my character, he's always there, a good company.

What plays on your playlist when you paint? The radio, hip hop, house, cumbia, national rap, samba. What's your favorite can? Being here in Europe I had more access to very good cans. I'm lately painting a lot with nbq, very top. I like using a low pressure can, because I make very thin lines. What do you consider to be your best piece? Every day I make a good piece. In graffiti we always have to be the best every day. How would you describe the current panorama of graffiti and street art in Portugal? What differences do you find in relation to Brazil? I really liked it here in Portugal, spray cans are easy to buy, lots of variety, abandoned places are the best, which there aren't many in Brazil anymore. Here in Portugal I really missed the graffiti meetings, with the 4 elements of Hip Hop. In Brazil, there are always graffiti meetings, it's normal for people to get together to exchange ideas. I felt very happy here in Portugal, I made a lot of friends, I painted a lot of characters. What is your top 3 Portuguese artists/writers? Moami - Black - Fled.


And foreign artists/writers? Brazilian Paulo Ito. Which artist/writer would you like to do a joint piece with? I know that with the big names in Portuguese graffiti it is very difficult to paint a joint piece, because of the artists' time. It's difficult to find it, but I enjoyed doing the play with Moami, she paid great attention when I arrived here in Portugal. Do you paint on other media? Have you ever had an exhibition? Yes, I would like to present one here in Portugal, anywhere. What are your future plans/projects? Do a gable in Lisbon or a global graffiti meeting with various artists, a big graffiti festival. Do you have a story you want to share? I painted a Portuguese warship, I almost got caught. I filmed this and will post it on my YouTube channel. Greetings/thanks? To you, for giving me this space to publish my story, to Ricardo Reis photographer, Marina Aguiar photographer, Moami my friend, my wife who is always with me and my son Zaki who will come this year.

53 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Kommentare

Mit 0 von 5 Sternen bewertet.
Noch keine Ratings

Rating hinzufügen
bottom of page